O importante não é vencer todos os dias, mas continuar lutando sempre
- Equipe Publicidade Hazo - Post. Lilian Palotta
- 8 de mar. de 2018
- 2 min de leitura

Tenho 39 anos e trabalho desde os 13.
Cresci em uma família muito humilde no interior de SP, sem presentes caros, sem viagens, sem grana mesmo. Estudei em uma escola pública que mais tinha greve do que aula, e quando tinha um dia completo na escola chegava a ser estranho. Apesar das dificuldades minha família sempre me deu o principal, que é o amor, e por esse motivo somos todos muito ligados. É lindo de se ver o respeito e admiração que temos uns pelos outros.
Para poder crescer, pessoal e profissionalmente, saí de casa para o mundo bem cedo, caipira, magrela, sem grana, mas com uma coragem enorme! Olhando para trás esses anos parecem o dobro de tempo... Foi tanto aprendizado, tantos tropeços, tantos nãos... mas a coragem (e a cara de pau) continuavam lá : )
Desde muito cedo indignei-me com as dificuldades que encontrei no mundo corporativo relacionadas ao gênero. Se fosse contar as enormes injustiças que ví e vivi daria um livro... as diferenças de salário entre homens e mulheres com o mesmo cargo me matavam por dentro, assim como as entrevistas de emprego que fiz, e as longas explicações e promessas de que não pretendia ficar grávida... as eternas piadas de “mulher no volante...”, e as colocações infelizes do tipo: “Nossa você é gestora de um depto. grande, mesmo sendo mulher?”, “Seus colaboradores aceitam tranquilamente as orientações vindas de você (mulher)? E por aí vai...
Para mim, e para muitas outras mulheres, foi preciso trabalhar mais, estudar mais, conhecer mais, e se dedicar mais do que muitos homens para ser respeitada ou aceita em um cargo de chefia. E não foi preciso apenas conquistar o respeito dos homens, mas o de muitas mulheres também. O machismo está tão entranhado na sociedade que sofremos preconceito vindo de até mesmo de outras mulheres.
Tive o privilégio de encontrar em minha caminhada profissional grandes homens e mulheres, líderes que me ensinaram e me inspiram constantemente a acreditar e lutar pelo correto.
Agora, sinto que estou em minha melhor fase, ou, como diz o meu irmão, “na idade mais produtiva”, aquela onde você já passou por muitos tropeços (e aprendeu com eles), que sabe da longa lista de defeitos, e tem mais maturidade para se aceitar, mudar, melhorar, fazer escolhas e arcar com as consequências; e com tudo isso poder ajudar os outros com suas experiências.
Para mim, a vida só está começando.
Lilian Palotta
Mãe do Kenzo de 5 anos, esposa, profissional de mkt e sócia na Hazo Corretora de Seguros










































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